Pedro Silva Pereira interveio em diversos debates no Parlamento Europeu em Estrasburgo sobre o tema principal da semana: o acordo comercial União Europeia-Canadá (CETA). Para o deputado socialista a aprovação do acordo pelo Parlamento Europeu, no passado dia 15 de fevereiro, é uma boa notícia para a economia europeia e para as exportações portuguesas. O deputado defendeu também que o CETA é o acordo comercial mais progressista até à data e que, graças à pressão da opinião pública e dos Socialistas, o interesse público ficou salvaguardado e os valores ambientais e a segurança alimentar foram garantidos.

Pedro Silva Pereira recordou que mais de 1220 empresas portuguesas exportam atualmente para o Canadá, 90% das quais são pequenas e médias empresas, e defendeu que o acordo CETA irá permitir um aprofundamento das relações económicas entre Portugal e o Canadá, onde reside uma importante comunidade portuguesa.

O deputado socialista destacou quatro componentes principais do acordo comercial para Portugal: primeiro, a eliminação de praticamente todos os direitos aduaneiros, favorecendo os nossos setores tradicionais de exportação e protegendo, no entanto, os produtos agrícolas mais sensíveis. Segundo, a proteção de 19 produtos alimentares e bebidas tradicionais portuguesas (Indicações Geográficas) contra imitações. Em terceiro lugar, o acesso das empresas europeias ao mercado de contratos públicos a todos os níveis da administração do Canadá, sendo que se estima que o mercado de contratos públicos das províncias canadianas valha duas vezes mais do que o mercado federal, e, por último, a facilitação da mobilidade dos prestadores de serviços europeus, a par de um novo enquadramento por um futuro sistema de mútuo reconhecimento de habilitações profissionais.

Pedro Silva Pereira considerou, ainda, que os setores portugueses do vinho, calçado, confeção, têxteis-lar, cortiça e produtos alimentares poderão beneficiar em particular de novas oportunidades de negócio com a entrada em vigor do CETA, mas outros setores, como as tecnologias da informação, o farmacêutico, o automóvel ou as energias renováveis poderão também conquistar mais quota de mercado.

O deputado Pedro Silva Pereira notou, por fim, que os benefícios serão imediatos desde o primeiro dia da aplicação provisória do acordo, previsto para abril de 2017, e que o CETA constituirá, a partir de agora, uma nova referência para o comércio internacional, cumprindo a ambição de uma globalização mais regulada.